Até breve!

Uma explicação: Apesar desse modesto blog ser usado para publicação de material próprio, eu dessa vez solicitei a ajuda das letras de meu bisavô Arnaldo para fazer uma homenagem ao meu querido tio Nilton.

Ainda dá tempo de eu prestar minhas singelas homenagens a ti, Professor Nilton São Thiago, franciscano, educador, tribuno espírita, poeta, enfim, um discípulo do Mestre. Faço-a com uma poesia do seu avô e guia Arnaldo.

Trabalha, luta, sofre e persevera!
No estrênuo labutar de teus dias gasta!
Que à sã felicidade já não basta
O que do mundo todo o mundo espera.

De uma esfera de dor a uma outra esfera
Irás sempre subindo: a vida arrasta
Para o mais alto sempre a quem afasta
O gelo da alma e aguarda a Primavera.

Quanto a bênção de Deus ja nos conforta!
Estejamos tranquilos! Nada importa
Mais a Nossa alma que a tranquilidade.

Com ela venceremos os maus dias.
Com ela todos sentem alegrias,
Praticando a divina Caridade.

Arnaldo Claro S. Thiago

(Retirado do Livro Evangélicas. n. XXXI. Editora FEC. Escrita em Florianópolis, 22 de Maio de 1970)

Considerações de fim de ano

“Nascer, morrer, renascer ainda, progredir sempre, tal é a lei”

Recebemos uma vida

para crescer e trabalhar,

na grande Casa Amiga

para resgatar e amar.

Infelizes e fracos somos,

pois sempre disperdiçamos

as oportunidades a que chamados fomos,

contrariando o que almejamos.

Todavia, todo ano é um recomeço,

uma nova oportunidade,

para praticar o que já conheço

nas ondas da adversidade.

Em verdade cada dia é um renascimento,

de iniciar um novo juramento,

evocando as recordações do futuro,

traçadas no Firmamento.

Uma nova vida, um novo ano, um novo dia,

todos são frutos do supremo Amor,

da absoluta Sabedoria e da infinita Misericórdia

do Juiz Supremo, o nosso Criador.

27 de Dezembro de 2014.

Para o Excelso Aniversariante

Nascestes entre os simples
Numa noite estrelada
Trazendo a esperança
Para as almas desafortunadas

Escolhestes ser o menor
Para mostrar a importância
De servir a todos nós peregrinos
Vivendo as bem aventuranças

Mas ainda não aprendemos,
pois dois mil anos se passaram,
a linda lição da manjedoura

Humildade, pouco temos
mas mesmo assim do Alto
Seu doce olhar nos abençoa!

Recordando Paulo

Ainda que eu falasse todas as línguas e

que eu tivesse toda a sabedoria e Ciência,

Ainda que eu entregasse tudo que possuo e 

que vivesse com o essencial,

Ainda que vivenciasse toda a ética e 

tendo um caráter sem desvios,

Se não pudesse enxugar algumas lágrimas,

erguer um caído, acolher um desventurado,

abraçar um carente,

Seria como um mármore esculpido no Partenon:

belo e formoso em suas formas,

porém frio e indiferente.

-

Nascer de novo

Um nevoeiro denso

Envolve meu corpo
Escuto gritos
Um sofrimento imenso!

Não sei onde estou
Não sei o que mais sou
Tudo em minha volta,
transparece revolta...

Só tenho um pensamento
de remorso cruciante.
Foi perdido o momento
agora só há choro sibilante...

Caio desfalecido
com  desejo de reparar.
É nesse momento que decido
genuflexo começar a orar.

A  sombra se abre,
dando lugar a uma luz.
Que com carinho estende
uma mao que me conduz.

Obedeço como uma crianca,
feliz pela proteção.
Mas do remorso ainda lembro!
E confrange meu coração.

Vendo meu pensamento
com essa discórdia,
sopra doce no meu ouvido:
“a Lei é de misericórdia!”

A esperança é um condutor,
porque ficou entendido:
"não é para condenar o pecador,
é sim para soerguer o arrependido."

Volto para a escola bendita,
onde há pranto e dor.
Mas é o cadinho que purifica,
indo do Egoísmo ao Amor!

Progredir sempre!

"Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei."
(Allan Kardec)




música, Ascenção
piano, Luiz Henrique São Thiago

Sonho

Uma pequena luz vejo no final...
Aumenta e me aquece
Lágrimas inexplicáveis vertem
Dizendo: “foi atendido sua prece!”

Genuflexo fico
Contemplo-a com veneração
Um sorriso de paz vejo no seu semblante
penetrando no fundo do meu coração

As escamas caem
Desnudo fico
Meus pensamentos me traem
mas não entram em seu juízo

Não veio para condenar o pecador
Mas para ajudar o arrependido
Enxuga as minhas lágrimas
Fortalece meu espírito

Com o refrigério do coração
E alma consolada,
retorno amparado pelo seu olhar,
melhor para caminhada.

Desperto saudoso
querendo lá ter ficado
Lágrimas novamente caem
com confrangido sentimento nostálgico

Mas de repente meu olhar tange ao infinito...
E aos ouvidos do meu espírito penetra com amorosidade:
“Aprende com paciência, por pouco tempo na carne,
ganhando para sempre na Eternidade!”